Rio, patrimônio da humanidade e do emprego
"Mercados de hotelaria e alimentação precisam de pessoal, mas falta mão de obra qualificada. SindRio investe em cursos gratuitos
O Rio de Janeiro está na moda. Copa em 2014, Olimpíadas em 2016 e com o recente título de Patrimônio Mundial da Unesco, a cidade inegavelmente está no centro das atenções. Os efeitos dessa fase vão além do simples orgulho do carioca: afetam a empregabilidade nas áreas relacionados ao turismo, como hotelaria e alimentação. Todos querem aproveitar e conhecer melhor as terras cariocas e o mercado, por isso, está mais que aquecido.
— O Rio de Janeiro está em um momento de franco crescimento. Com incentivos públicos e privados, vemos hotéis sendo construídos; cada vez mais empreendimentos do ramo de gastronomia surgindo, não apenas na Zona Sul, mas também na Barra e no Centro; e mais companhias aéreas que incluem a cidade em suas rotas. Acredito que o município será cada vez mais destino de eventos de grande porte, com a vantagem de ter a natureza exuberante como aliada e agora oficializada pela condecoração que recebeu — analisa Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA).
Pedro de Lamare, presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), também está otimista sobre o momento atual e as perspectivas para o setor na cidade.
— Somos uma das áreas que mais empregam no Rio, com 137 mil postos de trabalho. Com um reconhecimentos como este e a economia do turismo cada vez mais aquecida, temos potencial para incluir cada vez mais profissionais em hotelaria e alimentação — aposta Lamare.
Lamare destaca que, apesar da forte demanda, falta mão de obra qualificada. Visando a combater isso, o SindRio oferece cursos gratuitos semanais, de 16 horas, nas áreas de auxiliar de cozinha, garçom/garçonete, copeiro e estoquista.
— A área mais demandada é a de serviços, que exige, normalmente, ensino médio. A base da nossa educação pública é muito fraca e isso tem consequências na falta de qualificação. Por isso, estamos investindo em cursos, para suprir o nosso mercado, que será cada vez mais exigido — diz Lamare,
O presidente do SindRio destaca ainda que esses setores são a porta de entrada de muitos jovens no mercado de trabalho — eles representam 24% do pessoal, com idade entre 18 e 24 anos. Os interessados devem cadastrar o currículo no site do SindRio.
Sampaio acredita que até 2016 o número de postos de trabalho subirá para cerca de 400 mil, mas ele também destaca a necessidade de melhorias e aperfeiçoamento nas áreas afins ao turismo para que o Rio, realmente, receba bem os seus visitantes.
— A cidade está chamando muita atenção, mas para receber os turistas adequadamente precisamos melhorar, por exemplo, o sistema de transportes; os restaurantes precisam investir em menus em inglês e espanhol; os taxistas precisam ter, pelo menos, noção dessas línguas; a oferta de casas de câmbio também precisa crescer; e a sinalização da cidade tem que ser muito mais clara, entre outras ações — exemplifica Sampaio."
Moura, Amanda (2012, Julho 12). Rio, Patrimônio da Humanidade e do Emprego. Extraído em 18 de Julho de 2012 do sítio web de O Globo: http://oglobo.globo.com/emprego/rio-patrimonio-da-humanidade-do-emprego-5454706
Nesta notícia podemos verificar que medidas de comunicação pública e uma aposta clara no desenvolvimento de sinergias entre várias instituições dos setores públicos e privados, com o sentido de obter, não apenas iniciativas de caráter cultural e desportivo de grande importância (como neste caso o Campeonato do Mundo de Futebol) mas também títulos de excelência que atestam a importância histórica e cultural dos seus monumentos e paisagens como o titulo de Património Mundial da UNESCO, criam enormes vantagens competitivas ao nível do turismo e da imagem de uma cidade enquanto marca, sendo alavanca essencial para uma clara transformação social e de mercado.
Com mais oportunidades de emprego disponíveis derivadas da procura turística, a necessidade de se desenvolverem estratégias com vista ao aumentar os índices de escolaridade para assim a população que se dedica ao setor do turismo e hotelaria fazerem face às exigências dos grandes grupos hoteleiros e dos turistas, assiste-se assim a um aumento claro no índices económicos da cidade e da capacidade da mesma em utilizar os proveitos dessa evolução favorável do mercado empresarial para melhorar a qualidade de vida das populações e das pessoas que visitam a "Cidade Maravilhosa".
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