sábado, 17 de março de 2012

O QUE DIZEM OS MÉDIA SOBRE O PATRIMÓNIO MUNDIAL

EDP enterra casa das máquinas para não ameaçar Património da Humanidade


Propriedade Rádio Renascença


Novo projecto para enquadrar a barragem de Foz Tua na paisagem classificada do Alto Douro Vinhateiro tem a assinatura do arquitecto Eduardo Souto de Moura e reduz substancialmente o impacto visual da obra. Futura barragem tem conclusão prevista para 2015.

28-02-2012 14:36 por André Rodrigues

A proposta de projecto apresentada pelo anterior Governo levantou dúvidas à UNESCO, depois de uma queixa apresentada pelos Verdes, o que levou mesmo o Comité do Património da Humanidade a ameaçar com a perda de estatuto da paisagem da região.

Na nova versão, hoje apresentada pelo Prémio Pritzker 2011, o edifício inicialmente plantado no meio da montanha é reposicionado debaixo da terra. Eduardo Souto de Moura diz que se visualiza “apenas as vísceras e não um caixote, porque não é necessário. A barragem e toda a envolvente são bonitos, portanto não é preciso inventar mais coisas”.
A alteração encarece o projecto orçado em 330 milhões de euros, mas o agravamento é inferior a 1% do custo global da obra. “Na prática, estamos a falar de menos de dois milhões de euros”, esclarece o presidente executivo da EDP, António Mexia, que considera a derrapagem justificada, “porque traz um valor adicional que é a integração da barragem no espaço, sem o descaracterizar”.

De futuro, o presidente da EDP quer aplicar o modelo de Foz Tua às casas de máquinas em projecto. E com a assinatura dos melhores arquitectos do mundo. “Queremos ter os prémios Nobel da Arquitectura a fazerem casas de máquinas, o que é uma inovação a nível mundial”, a que se associa o “primeiro roteiro de arte pública em 10 barragens, com obras de 10 artistas nacionais que vão colocar Portugal num circuito único com enorme impacto a nível do desenvolvimento regional”, conclui.
Argumentos do presidente da EDP que pacificam as vozes mais críticas entre os autarcas da região do Tua.
Com a ameaça da desclassificação da zona afastada, Artur Cascarejo, autarca de Alijó e presidente da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, considera que “caem por terra os argumentos contra o projecto”.
O autarca lembra que “aquilo que Souto de Moura vai fazer com a barragem é exactamente aquilo que fez quando fez o estádio de Braga: ele escavou uma pedreira e meteu um estádio lá dentro… Aqui é a mesma coisa: abre-se uma montanha e, em vez de se construir o edifício lá em cima, com todas as máquinas à vista, dissimula-se a estrutura, integrando-a na paisagem”.

Rodrigues, André (2012, Fevereiro 28). EDP enterra casa das máquinas para não ameaçar Património da Humanidade. Extraído em 17 de Março de 2012 do sítio web da Rádio Renascença: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=52447

O QUE DIZEM OS MÉDIA SOBRE O PATRIMÓNIO MUNDIAL - Ainda a problemática de Brasília

Brasília pode perder título de Patrimônio Mundial


Unesco e Icomos avaliam se a Capital mantém as características fundamentais
Uma missão de monitoramento do Centro do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos) realizam, de hoje, 13, a sábado, 17, em Brasília, trabalho de avaliação sobre o estado de conservação da cidade. O objetivo é verificar se há condições de a capital ser mantida na lista de Patrimônio Mundial.

Nas reuniões, os especialistas vão avaliar os projetos sobre as áreas tombadas, o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) e as ações de fiscalização na região central, além de políticas públicas. Para o governo do Distrito Federal (GDF), a preservação do título de Brasília como patrimônio da humanidade é considerada prioridade.

O GDF informou que no fim do ano passado o PPCub estava em fase de conclusão. Em 2012, foi instituído pelo governo local o Ano de Valorização de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade - título concedido em 1987. O PPCub envolve a preservação, o planejamento e agestão do conjunto urbanístico de Brasília.

A missão da Unesco e do Icomos vai avaliar ainda se estão mantidas as características fundamentais das superquadras, que definem por exemplo a predominância de áreas livres arborizadas e equipamentos de uso comunitário, como os parquinhos para as crianças. Também vai observar se nos arredores do Lago Paranoá há áreas para recreação, lazer, cultura, esporte e turismo.

Serão observados ainda se o plano original de Brasília, definido por Lúcio Costa para setores destinados apenas às casas e prédios com menos de seis andares, é respeitado. Também será analisada a área que é comercial – se os espaços verdes obrigatórios são preservados.

De acordo com o GDF, Brasília detém a maior área tombada do mundo (112,25 quilômetros quadrados), sendo o único bem contemporâneo que faz parte da lista de Patrimônio Mundial. No esforço de manter o título, concedido há 25 anos, o governo local criou um comitê executivo para cuidar exclusivamente do tema.

Gaz (2012, Março 12). Brasília pode perder título de Patrimônio Mundial. Extraído em 17 de Março do sítio Web da Gaz Brasil: http://www.gaz.com.br/noticia/334399-brasilia_pode_perder_titulo_de_patrimonio_mundial.html

No seguimento do Post relacionado com a capital brasileira: Brasília pode perder título de Patrimônio da Humanidade: visualize o Vídeo

Brasília pode perder título de Patrimônio da Humanidade

Uma equipe da Unesco avalia se o título será mantido. A capital federal foi fundada em 1960. Desde a data, seu entorno só cresceu, junto com os problemas.

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Rede TV (2012). Extraído de
http://www.redetv.com.br/Video.aspx?52,15,254207,jornalismo,redetv-news,brasilia-pode-perder-titulo-de-patrimonio-da-humanidade

sexta-feira, 16 de março de 2012

O PAPEL DA SOCIEDADE CIVIl NA DEFESA DO TÍTULO DE PATRIMÓNIO MUNDIAL

Brasília, criada em 1956, é Património Mundial desde 1987

Brasilienses saem em defesa da capital para proteger o tombamento da cidade



A participação da sociedade civil organizada foi preponderante para que a Unesco mandasse uma missão de avaliação à cidade. Nos últimos anos, líderes comunitários e associações de defesa do tombamento enviaram dossiês e denúncias à entidade e essa documentação serviu como embasamento para a visita à capital. Por conta disso, os consultores da Unesco decidiram valorizar o papel da sociedade na proteção do patrimônio e participaram de uma reunião para escutar as reclamações e dúvidas da comunidade. Ontem à tarde, o argentino Luís Maria Calvo e o espanhol Carlos Sambrício se encontraram com um grupo grande de brasilienses engajados na luta pela preservação do título de patrimônio da humanidade. A dupla saiu do evento, realizado na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), munida de muitas informações para a elaboração do relatório final sobre a missão.

Moradores do Plano Piloto e de outras regiões do DF se mobilizaram para o encontro com os especialistas da Unesco. Foram convidados representantes de várias entidades, como associações, prefeituras de quadras, conselhos comunitários, representantes de universidades, como a UnB e a Católica, e de entidades da sociedade civil, como o Instituto dos Arquitetos do Brasil.

Mais cedo, Sambrício e Luís Calvo fizeram um longo sobrevoo de helicóptero sobre o Plano Piloto e também visualizaram do alto regiões vizinhas, como a cidade de Águas Lindas, em Goiás. Durante o passeio, puderam observar os impactos da expansão urbana na área tombada e se disseram “encantados” com o que viram. No início da tarde, os dois consultores da Unesco tiveram uma nova rodada de conversas com representantes do GDF. Depois, seguiram para o encontro com a comunidade.

O engajamento e o envolvimento de setores da população foram tão expressivos que um grupo de moradores da Asa Sul se reuniu ontem, bem cedo, na Esplanada dos Ministérios, para protestar contra as agressões ao tombamento. Com faixas saudando a chegada dos consultores da Unesco, eles também levaram cruzes feitas no formato do Plano Piloto. Cada uma trazia uma inscrição com problemas graves da cidade.

Irregularidades
Integrante do Conselho Comunitário da Asa Sul, Heliete Bastos participou da manifestação e também do encontro com os consultores da Unesco ontem à tarde. Ela levou para o encontro um vídeo produzido pelos conselheiros da entidade. Um grupo de moradores da Asa Sul filmou as irregularidades mais graves do Plano Piloto, como os puxadinhos e o abandono da avenida W3, e exibiu as imagens para os especialistas internacionais. “Desde a última visita da Unesco, em 2001, os problemas se agravaram demais. Levantamos também questões como o Veículo Leve Sobre Trilhos, já que o VLT virou um enigma para a comunidade”, justifica Heliete.

Em 2008, o Conselho Comunitário da Asa Sul enviou um dossiê volumoso para a Unesco. “Juntamos um calhamaço de papel com 25 centímetros de altura e mandamos tudo para o Centro de Patrimônio Mundial, em Paris. Sempre pedimos que a Unesco enviasse observadores a Brasília, essa é uma luta de quase uma década. Essa é uma vitória da sociedade”, acrescenta Heliete Bastos. Em coletiva realizada na última terça-feira, Luís Calvo e Carlos Sambrício afirmaram ter analisado toda essa documentação e afirmaram que os dossiês foram fundamentais para que se informassem da situação atual do Plano Piloto.

Moradora da 308 Sul, uma das únicas quadras tombadas individualmente em Brasília, Solange Madeira é engajada na preservação da cidade. Ela também participou da manifestação realizada ontem na Esplanada, com o objetivo de chamar a atenção dos especialistas estrangeiros. “Damos total apoio aos consultores da Unesco, mas somos totalmente contra Brasília perder o título de patrimônio mundial. Por isso, é preciso que o governo se dedique de forma efetiva para resolver os problemas existentes”, disse Solange Madeira, que trabalha como diretora de Preservação Histórica do Conselho Comunitário da Asa Sul.

Presença polêmica
O início da reunião no Iphan foi conturbado. O evento estava marcado para as 18h, mas Calvo e Sambrício chegaram 45 minutos atrasados. Logo depois, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Geraldo Magela, também apareceu para a reunião. Mas a presença do secretário causou rebuliço: alguns representantes da comunidade não aceitavam a participação de um integrante do governo e queriam que o evento fosse restrito aos representantes da sociedade civil. Pouco antes das 20h, depois de muita polêmica e debate, Magela e sua equipe deixaram o prédio do Iphan e o encontro, finalmente, começou.

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
15/03/2012

domingo, 11 de março de 2012

ANGOLA APOSTA FORTE NA PRIMEIRA CANDIDATURA DOS SEUS BENS CULTURAIS A PATRIMÓNIO MUNDIAL


Angola é dos poucos países que ainda não possui qualquer bem na World Heritage List da UNESCO. Apesar deste país lusófono ter ratificado a Convenção para a Proteção do Património Mundial em 1991, só por uma vez apresentou um Lista Indicativa com bens a classificar, em 1996, mas pelas grandes dificuldades, sobretudo políticas, vividas neste país, nunca estiveram reunidas condições para candidaturas de sucesso.
Mas ao que parece o presente, ao contrário do passado, mostra-se mais optimista e o governo de José Eduardo dos Santos encontra-se finalmente empenhado em preservar e destacar o património cultural angolano na senda internacional, passando à prática o que se comprometeu a fazer quando em 2009, num Fórum da UNESCO que se realizou em Sevilha, o Instituto Nacional do Património Cultural de Angola apresentou a Paisagem Cultural de Tchitundu Hulu, na província do Namibe, o Corredor do Kwanza (Luanda-Kwanza Norte) e o Centro Histórico e Arqueológico de Mbanza Congo como candidatas a Património da Humanidade.
Este último bem, o centro histórico da cidade de Mbanza Congo, foi notícia no Jornal de Angola, numa reportagem que reitera a vontade das autoridades angolanas em ver o seu património classificado pela UNESCO:

"A cidade de Mbanza Congo, capital da província do Zaire, é uma região com potencialidades culturais e uma história recheada de factos. Por essa razão, Angola está a desenvolver uma campanha para que o acervo da província seja valorizado e Mbanza Congo considerada património da humanidade pela UNESCO.
Entre os monumentos e sítios históricos destacam-se Culumbimbi, conhecida como a primeira Igreja construída na África Subsariana pelos portugueses, em 1491, e a árvore secular identificada por Yala-nkuwu e envolta no mito de ser uma árvore que brota sangue, devido à coloração da sua seiva.
Na pista aeroportuária, encontra-se o túmulo da mãe do antigo rei do Congo, Ne Nvemba Nzinga, D. Mpolo, enterrada viva pelo seu próprio filho (Ne Nvemba Nzinga) por reivindicar a continuidade dos tratamentos tradicionais. "

Silvina, Kayila (2012, Março 11). Zaire e as suas Histórias. Extraído em 11 de Março do sítio web do Jornal de Angola


Outras fontes utilizadas neste post:

UNESCO (2012). State Parties: Angola: http://whc.unesco.org/en/statesparties/ao
AngoNotícias (2009, Julho 3). Angola mostra candidaturas a Património da Humanidade: http://www.angonoticias.com/Artigos/item/22845