Blogue de Apoio à Tese de Doutoramento em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo - Universidade de Vigo, Espanha
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
DEPOIS DA ELEIÇÃO DO FADO COMO BEM UNIVERSAL PELA UNESCO TERMO PATRIMÓNIO MUNDIAL ENTRA MAIS DO QUE NUNCA NO LÉXICO PORTUGUÊS.
domingo, 27 de novembro de 2011
O QUE DIZEM OS MÉDIA SOBRE A ELEIÇÃO DOS NOVOS BENS IMATERIAIS CULTURAIS PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE
Canção Mariachi foi um dos bens incluídos na Lista do Património Mundial Cultural Imaterial da UNESCO, findo o VI Comité desta organização que se reuniou este fim-de-semana em Bali, na Indonésia.
Ritual de índios, fado e música mariachi se tornam patrimônio
Expressões musicais como o fado, de Portugal, e os grupos mariachis, do México, foram incluídas neste domingo na lista de "herança cultural imaterial da humanidade" pela Unesco, braço da ONU para a cultura e a educação. Dois dias antes, a organização havia divulgado também uma lista de manifestações típicas intangíveis que devem ser "urgentemente protegidas", incluindo um ritual de um povo indígena brasileiro, voltado para "manter a ordem social e cósmica".
O yaokwa é a principal cerimônia do calendário ritual dos enawenê-nawê, povo indígena cujo território tradicional fica no noroeste do Mato Grosso. Outras diversas expressões musicais, culturais e rituais foram inseridas na lista da Unesco de patrimônio intangível, entre eles um ritual agrícola de replantio de arroz realizado em Hiroshima, Japão; o saber dos xamãs de Yuruparí, na Amazônia colombiana; uma procissão de cavaleiros realizada na República Tcheca; a peregrinação a um santuário inca do Peru; e um típico teatro de sombras chinês.
A lista está sendo divulgada pelo Twitter da Unesco (twitter.com/unescoNow), que acompanha em tempo real a reunião da agência da ONU em Bali, Indonésia. O encontro se encerra na próxima terça-feira. Ao se tornar patrimônio da humanidade, essas expressões ganham apoio para sua preservação.
Em Portugal, na expectativa da inclusão do fado na lista de patrimônio imaterial, já estavam agendados eventos comemorativos e um grande show, na próxima sexta-feira, numa das principais salas de espetáculos de Lisboa, o Coliseu, com os principais fadistas do país.
Terra (2011, Novembro 27), Ritual de índios, fado e música mariachi se tornam patrimônio. Terra. Extraído em 27 de Novembro de 2011 de: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5490907-EI294,00-Ritual+de+indios+fado+e+musica+mariachi+se+tornam+patrimonio.html
O QUE DIZEM OS MÉDIA SOBRE A ELEIÇÃO DO FADO COMO NOVO BEM PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE
Fado declarado Património Imaterial da Humanidade
(Em actualizaçção) - A Unesco declarou o Fado como Património Imaterial da Humanidade, em Bali, na Indonésia.
O Comité Internacional da UNESCO, constituído por 24 países, anunciou, este domingo, em Bali, na Indonésia, o Fado como Património Imaterial da Humanidade.
O antigo presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes lançou a ideia de candidatar o fado a Património Imaterial da Humanidade e escolheu os fadistas Mariza e Carlos do Carmo para embaixadores da candidatura.
A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de Maio de 2010 e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 1 de Junho, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.
No dia 28 de Junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em Agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.
A candidatura portuguesa foi considerada como exemplar pelos peritos da UNESCO, tal como o Paraguai e Espanha.
Jornal de Notícias (2011, Novembro 27). Fado declarado Património Imaterial da Humanidade. Extraído em 27 de Novembro do sítio do Jornal de Notícias: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=2151770
O QUE DIZEM OS MÉDIA SOBRE A ELEIÇÃO DO FADO COMO NOVO BEM PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE
O fado já é património mundial
FADO JÁ É PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE
ASSISTA AO VIVO A REUNIÃO DO VI COMITÉ DA UNESCO PARA O PATRIMÓNIO CULTURAL INTANGÍVEL
A OPINIÃO DIFUNDIDA NOS MÉDIA ACERCA DO PATRIMÓNIO E A IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO DA UNESCO PARA A SUA UNIVERSALIDADE E DISTINÇÃO
O fado já não é só nosso
Hoje a UNESCO declara o fado como Património Imaterial da Humanidade.
O que isso significa em termos económicos? O Outlook foi à Tasca do Chico, no Bairro Alto, e depois ligou para Bali, na Indonésia, para responder a essa pergunta.
É preciso dizer que seria precisa uma catástrofe para que o fado não fosse este domingo declarado Património Imaterial da Humanidade. É verdade que o VI Comité Inter-Governamental da UNESCO, que analisa e decide sobre as candidaturas, está desde quinta-feira reunido em Bali, na Indonésia, mas também é verdade que o mesmo comité já distinguiu a candidatura portuguesa como "exemplar" - prenúncio de que o fado vai mesmo receber o título. Silêncio - vamos saber o que o país ganha com isso.
À boa maneira portuguesa poder-se-ia dizer que só por termos chegado até aqui já somos vencedores. Mas no meio do fado não se brinca. O que a candidatura portuguesa pretendeu sempre foi a distinção maior - a de "herança cultural intangível", que lhe permite figurar ao lado do flamenco (2009) e do tango (2010) como património do mundo. A candidatura começou a ser pensada pelo então presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, e é hoje defendida com o mesmo empenho por António Costa. Afinal, estamos também a falar da canção de Lisboa.
Essa que se canta às segundas-feiras na Tasca do Chico, no Bairro Alto. E que atira qualquer Beyoncé ou Britney para o fundo da tabela de vendas - em 2009, os quatro artistas que mais venderam em território nacional eram portugueses. E dois eram fadistas. Mariza e Ana Moura dividiram os primeiros lugares com Tony Carreira e Pedro Abrunhosa. E provaram, como outros antes e depois delas, que o fado em Portugal é um bom negócio.
Como prova também a lista de discos de ouro e de platina da Associação Fonográfica Portuguesa - que parece assaltada por fadistas. Só Mariza tem 25 discos de platina em 2010 (conquistados pelos discos "Fado em Mim", "Fado Curvo", "Transparente", "Concerto em Lisboa", "Fado Tradicional" e "Terra"). Também lá estão Amália (com um disco de ouro por "Coração Independente"), Ana Moura com três de platina (por "Para além da saudade")ou Carlos do Carmo (com um disco de platina por "Fado Maestro").
E é por isto, porque o fado é um bom negócio e está em vias de tudo menos de desaparecer, que a candidatura desta canção portuguesa a património mundial não vai trazer qualquer tipo de apoio financeiro ao país. A partir de Bali, o musicólogo e membro da comissão de candidatura Rui Vieira Nery, explica: "Há três programas. O primeiro, que é aquele a que o fado concorreu, é o da lista representativa de património imaterial da Humanidade. O segundo é o da lista de géneros culturais em risco de desaparecimento. O terceiro é o da lista de género com pedidos de apoio à UNESCO. O fado, não correndo riscos de desaparecer, candidatou-se à primeira lista e por isso não irá receber dinheiro da UNESCO".
Então o que é que se ganha? "Vamos ganhar uma exposição pública internacional que é o meio mais valioso que podemos ter. No domingo todos os grandes jornais, revistas e televisões vão estar a falar da candidatura do fado. E isso tem um valor económico em termos de reconhecimento de marca, se quisermos, enorme. Haverá consequências económicas desta candidatura, não há dúvidas", diz Rui Vieira Nery. Victor Gonçalves, vereador pelo PSD na Câmara de Lisboa, e que acompanhou o processo iniciado por Pedro Santana Lopes, também não duvida: "Esta candidatura projecta o país de forma evidente e clara. Será óptimo para o turismo - haverá um movimento de procura que significará um enriquecimento óbvio dos artistas e das casas de fado".
Na Tasca do Chico, o Chico (Francisco Gonçalves) também tem a certeza de que a UNESCO vai dar muito ao fado e ao país. "Vai dar prestígio a um país que está em baixo. Vai trazer mais turistas às casas de fado". Raquel Tavares, uma daquelas jovens fadistas que canta há mais de dez anos, vê mais longe: "O fado está a crescer desde há 15 anos mas ainda tem muito para crescer. Ainda há mercados onde não chegámos. E esta distinção vai ajudar nisso. Vamos chegar a esses mercados com o selo da UNESCO. Vamos chegar à América Latina, por exemplo, e por causa do selo de Património Imaterial da Humanidade as pessoas vão receber-nos sem grandes resistências".
E é isto: nada disto é triste. A menos que o mundo gire ao contrário, o fado vai receber o selo de qualidade da UNESCO. O que é que vai mudar? Ninguém sabe exactamente (o Chico garante que na sua casa, nada), mas toda a gente acredita que será para melhor. E que na hora da consagração toda a gente vai fazer barulho. O barulho da alegria. Porque nada disto é triste, apesar de tudo isto ser fado.
Marques, Ângela (2011, Novembro 27). O Fado já não é Nosso. Hoje a UNESCO declara o fado como Património Imaterial da Humanidade. Jornal Económico. Extraído em 27 de Novembro do sítio web do Jornal Económico: http://economico.sapo.pt/noticias/o-fado-ja-nao-e-so-nosso_132260.html
sábado, 26 de novembro de 2011
A Atenção dos Media nas matérias do Patrimonio: Exemplo de Comunicação Externa entre organizações
Comunicação Social Portuguesa dedica audiência nunca antes vista em torno de uma candidatura a Património Mundial
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Dinâmica Cultural e promoção do lazer representam factor essencial nadivulgação da "marca" Porto, Centro Histórico Património Mundial daUNESCO
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
REFERÊNCIA AO PATRIMÓNIO MUNDIAL NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL: Liverpool's world heritage status threatened by dockside development
Foto: The Guardian
The £5.5bn Liverpool Waters scheme has reportedly been criticised by Unesco team
Unless radical changes are made to a plan to build a series of skyscrapers along Liverpool's famous waterfront, the city could lose its world heritage status, according to a delegation of inspectors fromUnesco.
It is a fate that Liverpool is keen to avoid as the world heritage status places the city that spawned the Beatles alongside the Pyramids and the Great Wall of China. It is crucial to marketing the city to visitors.
The three-day inspection last week, led by Ron van Oers, left Liverpool with the message that unless Peel Holdings's £5.5bn Liverpool Waters project is radically changed Unesco will recommend the city should be stripped of the status, according to the Liverpool Daily Post.
Peel Holdings' scheme, which will be considered by the council's planning committee in January, regenerates the deprived northern docklands by building shops, restaurants and offices. The company has already reduced the height of its controversial Shanghai Tower (which aims to replicate the Chinese city's dramatic waterfront) to 55 storeys.
But sources said the inspectors were unimpressed by the huge buildings. The Unesco inspectors will produce a report shortly before Christmas and it will be sent to Liverpool council and Peel Holdings.
The company, owner of the Manchester Ship Canal and the Trafford Centre, has previously said it will not compromise any further on the scheme.
Speaking during the inspection visit, Van Oers warned that Unesco's decision would have significant implications for cities around the world. "The way that the world heritage committee will eventually rule about this case is going to be part of case law that is going to be used by the …committee later on," he said.
The committee will vote on its findings in June 2012.
Liverpool's world heritage site officially stretches from Albert Dock, which has the largest collection of Grade I listed buildings in the UK, along the Pier Head and up to Stanley Dock. It takes in the elegant Edwardian "three graces": the Royal Liver, Cunard and Port of Liverpool buildings, which have defined the view from the Mersey for almost a century.
Dresden lost its world heritage site status two years ago after building a bridge over the river Elbe.
Liverpool council's leader, Joe Anderson, said: "I think we can reach a compromise, but Peel have already compromised. I think the scheme is a game changer. It's a catalyst for regeneration for years to come, that is how important it is."
This year, an independent report commissioned by English Heritage warned the waterfront could lose its world heritage status because of the development plans. But Professor Michael Parkinson of Liverpool John Moores University said given a choice of no development in north Liverpool and losing the world heritage status, it was a no-brainer.
"Without doubt, it is a very good thing to have the world heritage status and I'm sure it's helpful in sharpening the city's image," he said. "But we cannot be preserved in aspic and we have to have development."
In the past decade, the city centre and waterfront have developed beyond recognition.
"It is good to have world heritage status, but we must also have development, and investment in north Liverpool is tremendously important. But it would be a pity if the plaque on the waterfront was taken away."
He praised the development on the waterfront with the Kings Dock, Arena and museum but said that north Liverpool "is the nut we still have to crack" in terms of development and economic growth.
Tourism is worth £3bn to the economy in Liverpool and 42,000 jobs depend on it. When visitors are asked why they come to Liverpool, many cite the world heritage and capital of culture designations.
A spokesperson for Unesco refused to confirm the delegation's finding during the visit: "We don't issue statements or discuss the finding of such missions as they are first presented to the world heritage committee."
http://www.guardian.co.uk/uk/2011/nov/23/liverpool-world-heritage-status?newsfeed=true
Liverpool's world heritage status threatened by docksidedevelopment
http://www.guardian.co.uk/uk/2011/nov/23/liverpool-world-heritage-status?newsfeed=truePromoção do Património Mundial; Parceria entre Instituições Públicas e Privadas na Divulgação do Património
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Exemplo de Parcerias entre organismos e Marcas Empresariais na Divulgação do Património
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
CAPÍTULOS DA TESE DE DOUTORAMENTO: FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A salvaguarda do espólio arquitectónico e histórico de Abu Simbel foi a primeira campanha internacional
de protecção sob a égide da UNESCO e contou com a colaboração de 50 países
Não é de agora que a Humanidade sentiu no âmago a vontade e a importância de preservar o seu legado, a sua obra feita no presente e no passado e defendê-la, para que um dia as gerações do futuro pudessem testemunhar a história, a que se toca, e assim conhecer, por intermédio dos monumentos, do património erigido, muito daquilo que os antepassados foram e criaram:
"Os nossos antepassados sabiam talvez que os jardins de Kahore, as mesquitas do Cairo, a Catedral de Amiens e os hipogeus de Malta eram monumentos sumptuosos, raros, estranhos. Por vezes mostravam-se sensíveis ao esplendor de uma montanha, de um grande rio e até de uma selva povoada de animais selvagens e chegavam a admitir que estes elementos pudessem fazer o orgulho de um povo e testemunhar a nobreza da sua história ou que estes acidentes geográficos pudessem simbolizar uma nação, suas aventuras e suas desventuras. Mas não lhes teria ocorrido a ideia de que isso tivesse um «valor universal»" UNESCO[1]
De acordo com os registos históricos da UNESCO, a ideia de criar uma organização internacional que "batalhasse" pela preservação do património cultural bem como o património natural, surgiu no final da Primeira Guerra Mundial, por altura da Criação da Sociedade das Nações, organização que antecedeu a actual Nações Unidas. Apesar da vontade de vários estados-membros dessa extinta organização se sentirem sensibilizados para a criação de um organismo que tutelasse a preservação do património histórico-cultural universal, essa ideia não vingou, caindo lentamente no esquecimento.
O acontecimento que despertou o interesse internacional por esta problemática foi, afirma a UNESCO "a decisão de construir a barragem de Aswan, no Egipto, o qual inundaria o vale que contém os templos de Abu Simbel, um tesouro da antiga civilização egípcia. Em 1959, após um apelo dos governos do Egipto e do Sudão, a UNESCO decidiu lançar uma campanha internacional de protecção. A pesquisa arqueológica nas áreas a serem inundadas foi acelerada. Sobretudo, os templos de Abu Simbel e de Philae foram desmontados, movidos para terra seca e remontados" [2]. Esta campanha custou, segundo os mesmos registos, 80 milhões de dólares americanos, com metade desta quantia a ser doada por cerca de 50 países.
O sucesso desta iniciativa levou a novas campanhas em Veneza (Itália), Moenjodaro (Paquistão) e Borobodur (Indonésia), entre outras.
[1] UNESCO, Comissão Nacional (1992), O que é: A Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural. Lisboa: C.N. UNESCO, p. 3.
[2] UNESCO, World Heritage Centre (2005), Brief History. Extraído em 13 de Fevereiro de 2005 do sítio da UNESCO: http://whc.unesco.org/pg.cfm?cid=169. Trad.
Candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade é exemplo de sucesso de Comunicação Corporativa, de Marketing e de Lobby
Entre 22 e 29 de Novembro o 6º Comité Inter-Governamental da Convenção da UNESCO, que decorrerá em Bali, Indonésia, irá deliberar a elevação da canção nacional portuguesa na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Uma candidatura que remonta a 2010, apresentada pela Câmara Municipal de Lisboa, mais concretamente pela Empresa municipal de Gestão dos Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), através do Museu do Fado, em parceria com o Instituto de Etno-Musicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
domingo, 20 de novembro de 2011
Fontes Bibliográficas utilizadas no desenvolvimento da Tese de Doutoramento
Santos M., Mateos Rusillo (Coord.) (2008), La Comunicación Global del Patrimonio Cultural. Gijón: Ediciones Trea